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Conselho Federal de Psicologia, em nota, repudia declarações do Pastor Malafaia sobre homossexualidade.



O Conselho Federal de Psicologia publicou nota na última quinta-feira (7) em repúdio às declarações do líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, feitas no último domingo (3), durante um programa de TV.

Em seu discurso, Malafaia voltou a defender que a homossexualidade é um “comportamento” não natural e que 46% dos gays passaram a adotá-lo após serem violados por pessoas próximas. Ele chegou a dizer ainda que a homossexualidade “é um pecado claríssimo, como o adultério” e afirmou que não acreditava que dois homens pudessem criar uma criança perfeita e tivessem capacidade para desenvolver um ser humano. Outro ponto bastante polêmico foi quando o pastor protestante fez a seguinte comparação: "Amo os homossexuais como amo os assassinos".

Segundo o CFP, Malafaia agrediu a perspectiva dos direitos humanos a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o respeito à livre orientação. O comunicado também cita que Malafaia, como graduado em psicologia, afrontou a construção das lutas da categoria pela defesa da diversidade, contrariando as bandeiras defendidas pela Psicologia.

Diferentemente do discurso de Malafaia, o órgão disse que a homossexualidade não é considerada um doença, tampouco um desvio ou uma perversão, e explicou que os diferentes modos de exercício da sexualidade fazem parte das possibilidades de existência humana.

O Conselho Federal de Psicologia classificou ainda o posicionamento do pastor como desrespeitoso com homossexuais e evidenciou um tipo de comportamento preconceituoso "que não se insere, em hipótese alguma, no tipo de sociedade que a psicologia vem trabalhando para construir com outros atores sociais igualmente sensíveis e defensores dos direitos humanos”.

Pelo twitter, Malafaia adiou seu posicionamento sobre a nota: “Após o Carnaval, vou responder ao Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ou talvez seja CFPG (Conselho Federal de Psicologia Gay)”.

Informações: UOL

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